SER MÚSICO EM PORTUGAL: diferenças entre revisões
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Grande parte | Grande parte dos estudos sobre a história da música em Portugal dos últimos três séculos tem-se centrado tradicionalmente na pesquisa biográfica individualizada sobre compositores significativos, assim como nas abordagens analíticas às suas obras. Mais recentemente, têm sido realizados esforços no sentido de lidar com tópicos contextuais mais amplos, como a evolução de instituições musicais específicas, as políticas culturais de um dado período histórico e o modo como afectaram a vida musical ou a produção de música impressa. | ||
O estudo das condições materiais da actividade quotidiana dos músicos profissionais em Portugal, para além de estudos de caso sobre carreiras individuais, permanece ainda por fazer. | |||
As | As principais mudanças ocorridas na vida musical portuguesa desde a fase final do Antigo Regime até ao século XX não podem ser compreendidas sem uma noção mais precisa das condições sociais e profissionais que estruturaram a vida musical durante este período. | ||
Ao contrário de estudos anteriores, dedicados a percursos individuais ou a instituições e a outras organizações musicais, o presente projecto irá centrar-se na comunidade de profissionais que fazem a própria música, assim como na densa rede onde se inserem as suas vidas e as suas carreiras. Outra abordagem inovadora é a escolha de um amplo âmbito cronológico. De facto, apesar das transformações sociais e culturais associadas às mudanças de regime político e a outros acontecimentos históricos e ao seu impacto na actividade musical, algumas questões duradouras são transversais a diferentes períodos. Identificámos assim um quadro temporal extenso, numa perspectiva de "longue durée", que abrange quase dois séculos e meio, desde 1750 a 1985. | |||
A data inicial corresponde ao início do reinado de D. José I (1750), associado a um intenso aumento da contratação de músicos estrangeiros pelas instituições portuguesas; a data final coincide com a integração de Portugal na então CEE e, portanto, com o início da livre circulação dos profissionais da música no mercado de trabalho europeu unificado. Com esta finalidade, o projecto irá pela primeira vez examinar sistematicamente o rico corpus documental existente relativo às sucessivas associações profissionais de músicos activos em Lisboa desde meados do século XVIII: os arquivos históricos da Irmandade de Santa Cecília (ISC) e do seu sucessor, Montepio Filarmónico (MF), e os arquivos do Sindicato dos Músicos (SM). Este último acervo reúne a documentação da Associação de Classe dos Músicos Portugueses (ACMP), fundada em 1909, do Sindicato Nacional dos Músicos (SNM), que lhe sucedeu em 1933 no quadro da extinção dos sindicatos livres pela ditadura, e do Sindicato dos Músicos (SM), criado depois da revolução democrática de 1974. | |||
Os principais resultados do projecto incluem uma base de conhecimento, uma "geografia das profissões da música em Lisboa", artigos em revistas científicas, uma monografia, um congresso internacional e uma exposição documental. | |||
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Edição atual desde as 11h07min de 28 de março de 2023
A condição social e profissional dos músicos em Lisboa (1750-1985)
Grande parte dos estudos sobre a história da música em Portugal dos últimos três séculos tem-se centrado tradicionalmente na pesquisa biográfica individualizada sobre compositores significativos, assim como nas abordagens analíticas às suas obras. Mais recentemente, têm sido realizados esforços no sentido de lidar com tópicos contextuais mais amplos, como a evolução de instituições musicais específicas, as políticas culturais de um dado período histórico e o modo como afectaram a vida musical ou a produção de música impressa. O estudo das condições materiais da actividade quotidiana dos músicos profissionais em Portugal, para além de estudos de caso sobre carreiras individuais, permanece ainda por fazer.
As principais mudanças ocorridas na vida musical portuguesa desde a fase final do Antigo Regime até ao século XX não podem ser compreendidas sem uma noção mais precisa das condições sociais e profissionais que estruturaram a vida musical durante este período. Ao contrário de estudos anteriores, dedicados a percursos individuais ou a instituições e a outras organizações musicais, o presente projecto irá centrar-se na comunidade de profissionais que fazem a própria música, assim como na densa rede onde se inserem as suas vidas e as suas carreiras. Outra abordagem inovadora é a escolha de um amplo âmbito cronológico. De facto, apesar das transformações sociais e culturais associadas às mudanças de regime político e a outros acontecimentos históricos e ao seu impacto na actividade musical, algumas questões duradouras são transversais a diferentes períodos. Identificámos assim um quadro temporal extenso, numa perspectiva de "longue durée", que abrange quase dois séculos e meio, desde 1750 a 1985.
A data inicial corresponde ao início do reinado de D. José I (1750), associado a um intenso aumento da contratação de músicos estrangeiros pelas instituições portuguesas; a data final coincide com a integração de Portugal na então CEE e, portanto, com o início da livre circulação dos profissionais da música no mercado de trabalho europeu unificado. Com esta finalidade, o projecto irá pela primeira vez examinar sistematicamente o rico corpus documental existente relativo às sucessivas associações profissionais de músicos activos em Lisboa desde meados do século XVIII: os arquivos históricos da Irmandade de Santa Cecília (ISC) e do seu sucessor, Montepio Filarmónico (MF), e os arquivos do Sindicato dos Músicos (SM). Este último acervo reúne a documentação da Associação de Classe dos Músicos Portugueses (ACMP), fundada em 1909, do Sindicato Nacional dos Músicos (SNM), que lhe sucedeu em 1933 no quadro da extinção dos sindicatos livres pela ditadura, e do Sindicato dos Músicos (SM), criado depois da revolução democrática de 1974. Os principais resultados do projecto incluem uma base de conhecimento, uma "geografia das profissões da música em Lisboa", artigos em revistas científicas, uma monografia, um congresso internacional e uma exposição documental.
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